terça-feira, 7 de julho de 2009

Conto 1.

E lá estava eu, perdido, sozinho naquela escuridão que destruía minha coragem e se alimentava de meus medos, como lobos no seu premio de caçada. Não sabia o que fazer, não havia nada a se fazer. Eu só podia ficar ali, parado, indefeso. Era como sentir o gosto da morte, e não poder cuspi aquele gosto amargo de sangue. Aquela minha fragilidade diante de tal situação, me tornava cada vez mais repulsivo a mim.

Sem qualquer esperança de me livrar, vendo que seria esta minha sina. Abracei-a como um filho que encontra a mãe. E por alguns instantes me vi acolhido, protegido, pela mesma força que antes me ameaçara. Sentia-me vivo ainda. Mesmo não acreditando em tal verdade. Será que havia sido enganado por minha mente? Lubibriado pelos meus próprios pensamentos?

Ainda não achara a resposta para essas perguntas. E enquanto o tempo passava eu começavca aceitar minha condição, mesmo que não soubesse ao certo qual era. E caminhava cada vez mais para a escuridão, na crença de encontrar conforto e um snetido para tudo aquilo.

Caminhara por horas, e mesmo assim não sentia fome, sede, cansaço. Era como se eu estivesse livre das sensibilidades humanas, ou estivesse aprisionado na prisão da alma. A cada passo novas perguntas circulavam minha mente, ainda sem respostas. Após algum tempo, percebi qye não estava sozinho, percebi que por todo o caminho vinha sendo observado. Mas não via ninguém. Comecei a sentir frio, como se estivesse num deserto de gelo.

De repente em minha frente surgi uma figura fantasmagórica. A pele pálida, os olhos fundos, parecia não durmir a dias, trapos cobriam seu corpo. Perfuntei-me, quem era essa pessoa? Demorei para reconhecer, mas depois de um tempo analisando, nao tive mais duvidas. Estava olhando para minha simetria. O que havia me tornado? Que ser era aquele sem vida?

Foi quando eu percebi. No momento em que fui abraçado pela escuridão deixei de ser eu. Tornei-me uma pessoa sem vida, sem esperança, desinada a vagar eternamente pelas estradas sombrias da terra caída. Quem eu sou? Acho que é a pergunta errada. O certo é dizer: o que eu sou? Eu sou mais do que a vida mortal, mas não venci a morte. Eu sou aquele que leva a marca da destruição, eu sou a Besta.

2 comentários:

  1. Pow Leo muito lindo.Amei.Vc ultimamente tem andado muito inspirado.rsrsr
    tava pensando em quem???
    sero gostei muito msm.

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  2. A d o r e i !!

    Muito bom mocinho ,
    não sabia desse seu talento =)

    Parabéns

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